Justiça absolve cunhado de Ana Hickmann por morte de fã

Ela também citou os resultados do laudo pericial que teriam confirmado a versão do acusado. Um dos pontos da perícia, é de não ter encontrado o “Sinal de Werkgaertner”, que indica que alguns dos disparos teriam sido efetuados com o cano da arma encostado na nuca da vítima.
Destacou, ainda, os indícios de luta corporal entre Gustavo e o fã, que durou aproximadamente oito minutos. Neste tempo, Rodrigo não largou a arma. A juíza levou em conta, também, a tensão do réu, que ficou por 20 minutos sob a mira do revólver junto com as outras pessoas no quarto. Por fim, indicou a ausência de provas que o empresário esteve o controle da situação e teria dado os dois últimos tiros quando a vítima já não oferecia residência ou perigo. “Portanto, diante do conjunto probatório, entendo que a ação do acusado gravita na órbita da legítima defesa, uma vez que, diante da situação supramencionada, o réu se deparou com uma situação que colocava em risco a sua própria vida e a vida de terceiros que estavam presentes no local”, disse na decisão.
Denúncia
Em 7 de julho de 2016, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia por homicídio doloso, quando há intenção de cometer o crime, contra o cunhado de Ana Hickmann. Gustavo Henrique Bello Correa foi enquadrado no artigo 121 do Código Penal, que prevê reclusão de 12 a 30 anos por homicídio qualificado.
A denúncia foi em sentido oposto ao que a Polícia Civil apontou em investigação. O delegado Flávio Grossi, responsável pelo caso, pediu o arquivamento do inquérito alegando que ele teria agido em legítima defesa. Pádua foi morto com três tiros na nuca, depois de lutar com Correa.
Na denúncia, o promotor do Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, aponta que Correa, ao iniciar embate corporal com Pádua, agiu em legítima defesa, mas excedeu essa condição e praticou homicídio doloso. A principal prova disso, para a Promotoria, são os três tiros dados na nuca do suposto fã da apresentadora. O agressor chegou ao quarto depois de render Correa e o obrigar a levá-lo até o quarto de Ana Hickmann, que estava com uma assistente. Os três foram mantidos sob a mira de um revólver.
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