Incendiários da Papuda são condenados por 14 tentativas de homicídio
Somatório das penas dos três acusados chega a 71 anos de detenção. Crime foi em fevereiro, motivado por ‘represália a dois internos’; cabe recurso.
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A Justiça do Distrito Federal condenou a mais de 20 anos de prisão – cada um – três presos que estavam detidos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Eles são acusados de 14 tentativas de homicídio praticadas dentro da cadeia. Cabe recurso.
A decisão foi publicada nesta quinta-feira (22), após 25 horas de audiência no Tribunal do Júri. O crime foi em fevereiro deste ano. Segundo o processo, os acusados atearam fogo em um colchão e jogaram dentro de uma cela, onde 14 presos estavam trancados.
No entendimento do juiz que presidiu a sessão, Claudiemerson Mendes, José Maicon Muniz e Maxwell da Silva “agiram em represália a outros dois internos”. O somatório das penas dos três réus chega a 71 anos de prisão (veja detalhes abaixo).
- Claudiemerson Mendes: 23 anos, 8 meses e 10 dias
- José Maicon Muniz: 26 anos, 6 meses e 15 dias
- Maxwell da Silva: 22 anos e 9 meses
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“Eles foram condenados pelo júri popular por 14 tentativas de homicídio triplamente qualificadas por motivo torpe, emprego de fogo e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas”, diz a sentença.
Todos os réus vão cumprir a pena em regime fechado.
Para o magistrado, como eles voltaram a reincindir em crimes dolosos graves e “ostentam uma extensa folha de antecedentes penais”, foi negada a possibilidade deles recorrerem em liberdade.
Relembre o caso
O crime foi em 5 de fevereiro, na ala A do Complexo Penitenciário da Papuda. De acordo com o inquérito, os acusados colocaram fogo em um colchão e jogaram o objeto em chamas dentro da cela trancada onde estavam outros presos rivais.
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A vingaça ocorreu, segundo consta no processo, porque os detentos tinham denunciado um esquema de estoque de armas improvisadas e a entrada de drogas no presídio.
Durante as investigações, o inquérito apontou, ainda, que o homicídio não se consumou porque uma das vítimas tentou apagar, com murros, o fogo no colchão. Agentes penitenciários também impediram que os autores jogassem mais combustível no local.
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