Em Cabaceiras: cooperativa de artesanato em couro comemora 20 anos neste sábado
Com 20 anos no mercado e com uma bonita história de superação, a Cooperativa dos Artesãos e Curtidores de Couro do distrito de Ribeira de Cabaceiras, (Arteza), no Cariri, comemora neste sábado (15), 20 anos de existência, com uma programação especial e com muitas homenagens a pessoas e instituições que contribuiram e contribuem com o crescimento da cooperativa.
O evento será realizado na Fazenda Salambaia, zona rural de Cabaceiras e terá início às 16h, com recepção dos convidados e apreciação do por do sol. Às 18h30 apresentação da nova diretoria e homenagens. Às 20h jantar e música ao vivo.
A Arteza é uma Cooperativa dos Curtidores e Artesãos em Couro do Distrito de Ribeira, em Cabaceiras/PB. Lançou-se no mercado com uma proposta de curtimento vegetal, utilizando produtos de origem natural – Taninos vegetais -, com baixíssimo tratamento químico, couros com qualidade diferencial aliados à inovação tecnológica trazida pela SICTCT (Secretaria da Indústria, Comércio, Turismo, Ciência e Tecnologia) através do programa COMPET /CNPq , em parceira com o SENAI/CTCC e apoiado pela Prefeitura Municipal de Cabaceiras e o SEBRAE.
As vaquetas atanadas, solas e pelicas ganham forma e vida nas mãos dos artesãos, principalmente no Distrito de Ribeira. Tradicionalmente, a confecção de produção, como chapéus, artigos de vaquejada, sandálias e cintos, é passada de geração em geração, mantendo seus adornos, costuras e acabamentos bastantes peculiares. Esta referência artesanal regional orientou o design de novos produtos, como acessórios de vestuários, artigos de montaria, escritório, movelaria, souvenirs, entre outros.
A atividade coureira nos Cariris Velhos, especificamente no município de Cabaceiras, remonta ao século passado. Este setor econômico tradicional é reforçado por ser um dos principais produtores de caprinos e ovinos da região. Uma mística encobre a verdade sobre quem introduziu a atividade no município. Alguns afirmam que foram índios habitantes do Lajedo de Pai Mateus, outros defendem a hipótese da introdução por escravos fugidos da Bahia, e ainda existe a possibilidade de terem sido italianos. Cerca de 90% dos curtumes mundiais beneficiam as peles através do curtimento ao cromo, o que tem polemizado a comunidade ecológica por seu potencial tóxico e deveras poluente.
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