Dólar opera em queda e chega a R$ 3,73 nesta quinta
No dia anterior, a moeda dos EUA fechou em queda de 1,69%, a R$ 3,8087 – o menor valor desde o fechamento de 22 de novembro.
O dólar opera em queda nesta quinta-feira (3), chegando a bater o patamar de R$ 3,73, com investidores ainda de olho nas primeiras movimentações do governo de Jair Bolsonaro e repercutindo expectativas sobre a possibilidade de aprovação de medidas que ajudem a equilibrar as contas públicas.
Às 15h53, a moeda norte-americana caía 1,47%, a R$ 3,7527. Na mínima até o momento, chegou a R$ 3,7379. O dólar turismo era negociado perto de R$ 3,89, sem considerar o IOF (tributo).
No dia anterior, o dólar fechou em queda de 1,69%, a R$ 3,8087 – o menor valor desde o fechamento de 22 de novembro. A última vez que a divisa fechou uma sessão abaixo de R$ 3,75 foi no dia 16 de novembro (R$ 3,7372).
No último pregão de 2018, o dólar recuou 0,55%, a R$ 3,8742, mas encerrou o ano com alta de 16,92%.

Mercado financeiro reage bem às medidas anunciadas por Bolsonaro para economia
“Estaremos susceptíveis à volatilidade externa, mas existe espaço para que os ativos locais continuem mostrando desempenho relativo mais positivo enquanto for factível acreditar nas reformas econômicas e no bom andamento do novo governo”, escreveu o estrategista da empresa de gestão de recursos e ativos TAG Investimentos Dan Kawa, segundo a Reuters.
O presidente Jair Bolsonaro tomou posse na terça-feira (1º) e, no dia seguinte, ocorreu a transmissão de cargos para os novos ministros, entre eles Paulo Guedes, novo ministro da Economia. No discurso de posse, Guedes disse que a Previdência Social, as privatizações e a simplificação de tributos são os “pilares da nova gestão”.
O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 1,34 bilhão do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Cenário externo em segundo plano
No exterior, o mercado repercute temores de desaceleração no crescimento global e queda acentuada das ações da Apple após a empresa reduzir para baixo a previsão de vendas para o primeiro trimestre. A notícia reforçou o alerta entre os investidores e levou à busca de ativos mais seguros, como o ouro, que atingiu a cotação mais alta em 6 meses.
As preocupações externas chegaram a puxar uma alta do dólar em relação ao real pela manhã, mas esse movimento foi revertido em meio às expectativas internas pela aprovação de reformas econômicas.
“O câmbio abriu com pequena alta com as preocupações com a desaceleração econômica mundial depois que a Apple revisou a estimativa de crescimento das vendas. Mas, como o movimento das moedas está contido no exterior, abriu espaço para o real voltar a ganhar terreno frente ao dólar”, explicou ao Valor Online Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho.
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