Bolsonaro estuda nova viagem aos EUA para escapar de agenda negativa

Depois da desistência do presidente Jair Bolsonaro de viagem para receber em Nova Iorque o prêmio da Câmara de Comércio Brasil-EUA, o Palácio do Planalto decidiu estudar uma nova agenda oficial para os Estados Unidos. Mas segundo auxiliares próximos, a nova viagem ainda está em planejamento.
Neste domingo (5), Bolsonaro chegou a afirmar que vai para os Estados Unidos, sem explicar as circunstâncias da viagem.
O presidente foi questionado por jornalistas se havia desistido da viagem por conta das críticas do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que chegou a pedir a um dos locais escolhidos para o evento que não recebesse o presidente por considerá-lo um “ser humano perigoso”.
“A viagem à Nova York para premiação está cancelada. Não tem viagem prevista. O presidente Bolsonaro falou que irá aos EUA, mas sem definir data, quando tiver agenda oficial, já que essa viagem era para receber a homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos”, ressaltou um interlocutor do presidente.
O blog apurou que a decisão de cancelar o evento foi tomada para evitar uma agenda negativa de Bolsonaro no exterior. Inicialmente, a expectativa era positiva com um grande evento em Nova Iorque. Mas depois das críticas do prefeito Bill de Blasio e do Museu de História Natural de Nova Iorque ter se recusado a receber o evento, a premiação virou uma dor de cabeça para o presidente brasileiro.
Na sequência, várias manifestações pressionavam os patrocinadores a não vincular recursos e suas respectivas marcas ao evento que homenagearia Bolsonaro e o secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Até mesmo o hotel que aceitou fazer o jantar passou a receber críticas.
Avaliação no Palácio do Planalto é que a reação em Nova Iorque foi “tão desproporcional” que acabou vitimizando Bolsonaro. Até mesmo o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, saiu em defesa de Bolsonaro.
Maia disse que o prefeito de Nova Iorque “critica a intolerância de Jair Bolsonaro, mas age da mesma forma”. “Discordo em muitas coisas do presidente Bolsonaro na agenda de valores, mas não há saída para os nossos desafios sem diálogo e respeito.”
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