Bolsonaro é citado em investigação sobre a morte de Marielle; ele nega
A Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso aos registros de visitas do condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Sul do Rio, onde tem casa o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o policial militar Ronnie Lessa, suspeito de matar a vereadora Marielle Franco (Psol).
O porteiro disse à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, o suspeito de dirigir o carro usado no crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. A informação foi dada pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
Segundo o jornal, a citação a Bolsonaro pode levar a investigação da morte de Marielle ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo fato de o presidente ter foro privilegiado. Conforme a reportagem, no dia da visita, Bolsonaro estava em Brasília e não em sua casa no Rio de Janeiro.
Jair Bolsonaro (PSL), respondeu na noite dessa quarta-feira (29) em uma live feita nas redes sociais, e se isentou de responsabilidade pelo crime e fez duras críticas à TV Globo, pelas reportagens que envolvem não apenas ele, mas também seus familiares. Ele ainda insinuou que as informações do processo, que está sob sigilo, teriam sido vazadas pelo governador Wilson Witzel (PSC-RJ).
“O governador Witzel que se explique agora como vazou esse processo.”, disse Bolsonaro.
O porteiro disse à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, o suspeito de dirigir o carro usado no crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. A informação foi dada pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
“Seus patifes da TV Globo! Seus canalhas! Não vai colar! Não tinha motivo para matar quem quer que fosse no Rio de Janeiro”, bradou Bolsonaro, que isentou o porteiro. “Tenho certeza de que o porteiro não sabe o que assinou”, acrescentou.
“Estou à disposição para falar nesse processo, conversar com esse delegado sobre esse assunto, pra começar a colocar em pratos limpos o que está acontecendo no meu nome. Por que estão querendo me destruir?”, questionou Bolsonaro durante a transmissão desta noite.
Ele disse que não conhecia Marielle e que não tinha nenhum motivo para querer matar alguém. O presidente afirmou ainda que o porteiro pode ter assinado o depoimento sem ler.
“O que cheira isso aqui, o que parece é que ou o porteiro mentiu, ou induziram o porteiro a cometer um falso testemunho, ou escreveram algo no inquérito que o porteiro não leu e assinou embaixo em confiança ao delegado, ou a quem que foi ouvir na portaria. Qual intenção disso tudo? A intenção é sempre a mesma. O tempo todo ficam em cima da minha vida, dos meus filhos.”, disse o presidente.
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