João anuncia fim de contratos com Organizações Sociais e rechaça ligação com esquema: “Não tenho preocupação”
O governador João Azevêdo (sem partido) anunciou, nesta segunda-feira (23), em entrevista coletiva no Palácio da Redenção, que irá encerrar todos os contratos com Organizações Sociais na área de saúde da Paraíba.
Azevêdo disse que em decorrência das investigações do Ministério Público precisou “trocar o pneu com o carro andando”. “Quando chegamos ao governo encontramos uma situação que tinha todo tipo de problema”, afirmou.
“Desde o início da gestão estamos tomando medidas em virtude das denúncias que apareceram”, prosseguiu. “O modelo de OS’s não trouxe resultados esperados pela população em transparência”, complementou.
Hospitais como o do Trauma, em João Pessoa, e o Regional de Mamanguape, até então geridos por Organizações Sociais, serão administrados pelo Estado.
“Estamos tomando providências que se fazia necessário, para que possamos ter uma nova gestão de saúde. Passamos durante esse período planejando essa nova estrutura, estamos resolvendo dois problemas”, afirmou o governador.
João Azevêdo ressaltou que aguarda a aprovação da Assembleia Legislativa da Paraíba para implementar a Fundação PB Saúde. O projeto de Lei Complementar que cria a Fundação foi enviado ao legislativo no início do mês.
João Azevêdo ainda disse que irá se colocar à disposição da justiça para esclarecer as citações do seu nome no âmbito da Operação Calvário. “Farei a minha defesa a partir do conhecimento, não tive acesso ao processo. Quando tivermos, daremos as devidas explicações, nem sempre aquilo que é dito é verdade. Estou muito tranquilo quanto a minha postura de homem publico, estarei a disposição para esclarecer qualquer duvida que exista”, disse.
Azevêdo afirmou que a sua campanha em 2018 contou com apenas recursos oriundos do PSB, partido o qual era filiado na época. O gestor, no entanto, disse que se alguém durante o processo alguém agiu de maneira errada, irá responder. “Não tenho essa preocupação”, destacou.
João Azevêdo ainda rechaçou a possibilidade de renunciar ao cargo em virtude do escândalo da Calvário e evitou comentar a prisão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).
“Não farei avaliação de quem quer que seja. Quem fará é o Ministério Público e a Justiça”, disse.
Faça um comentário