Polícia de SP indicia suspeito de tentar extorquir Coutinho e Doria
A Polícia Civil de São Paulo indiciou e pediu à Justiça a prisão do suspeito que usou a internet para ameaçar de morte e tentar extorquir R$ 5 milhões do governador João Doria (PSDB) durante a pandemia de coronavírus.
Segundo a investigação, o homem enviou mensagens em maio nas redes sociais da mulher do governador, Bia Doria, pedindo dinheiro para que uma facção criminosa não matasse seu marido.
O suspeito, que mora no município de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco, escreveu e mandou áudios pelo Instagram da primeira-dama com as ameaças e tentativa de extorsão.
O homem foi indiciado indiretamente pelo crime de extorsão. O Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) também pediu à Justiça paulista a prisão preventiva do suspeito, que já está preso na Paraíba por outro crime de ameaça e extorsão contra político.
Ex-governador da Paraíba
O investigado está detido preventivamente desde maio por suspeita de ameaçar matar o ex-governador paraibano, Ricardo Coutinho (PSB), se ele não pagasse R$ 3 milhões.
Como no caso de Doria, Coutinho recebeu as mensagens pela web. No nordeste, o homem foi preso e indiciado pela tentativa de extorsão ao ex-governador da Paraíba.
Em seu celular estavam as ameaças a Doria. O investigado confessou os dois crimes, contra Coutinho e o governador paulista. A defesa dele alegou à investigação que seu cliente “queria apenas assustar” as vítimas.
O advogado de Doria, Fernando José da Costa, falou que quem cometer crimes virtuais contra o governador de São Paulo serão responsabilizados.
“Aqueles que, pessoalmente ou através da internet, praticarem crimes contra o governador Doria serão identificados, processados e condenados”, falou o advogado.
Coronavírus
Em março, Doria havia recebido outras ameaças de morte em seu celular pessoal. Eram mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp contra as ações dele para combater a Covid-10 no estado de São Paulo.
Todas as ameaças, incluindo os números dos aparelhos de onde partiram, foram entregues ao Dope e a 1ª Delegacia Anti-Sequestro (DAS), na capital, que investigam o caso para tentar identificar os responsáveis pelas ameaças.
A Polícia Militar cercou a residência do governador após as ameaças.
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