Presidente do Rizin abre portas para Anderson Silva
O Rizin Fighting Federation, do Japão, é o primeiro evento internacional a abrir as portas para Anderson Silva após sua saída do UFC. Nobuyuki Sakakibara, presidente da companhia, destacou os anos de sucesso do “Spider” no país ao dizer que deseja conversar com o peso-médio para acertar uma possível volta ao Oriente.
— Eu tenho ótimas lembranças do Anderson Silva durante os seus dias de Pride e acho que a carreira dele decolou no Japão. Eu também soube que o Japão tem um lugar especial no seu coração. Eu sinto que deveria ajudá-lo a realizar seus desejos em respeito ao que ele conquistou e fez pelo nosso esporte. Eu não falei com ele ainda, mas quero ver se podemos chegar a algo que faça sentido para ele começar seu último capítulo no Japão – disse Sakakibara ao site “MyMMANews”.
As duas primeiras lutas de Anderson Silva no Japão foram pelo Shooto, em 2001. Nos três anos seguintes, o brasileiro faria mais cinco confrontos no país, pelo Pride. Hoje, aos 45 anos, ele acumula 34 vitórias, 11 derrotas e um “No Contest” na carreira, cartel que o tornou um dos maiores da história. Depois de encarar Uriah Hall em outubro, luta promovida como a de sua aposentadoria, Anderson rescindiu o contrato com o UFC neste mês e indicou que deseja voltar a competir.
A idade e os maus desempenhos desde 2013 — apenas um triunfo em nove duelos —, entretanto, fazem com que Anderson seja rejeitado por grandes eventos mundiais. Representantes do Bellator, da PFL e do ONE Championship, por exemplo, já se manifestaram contrários à chegada de Anderson Silva em suas companhias. Até o BKFC, promoção americana de boxe que contratou atletas de MMA recentemente, também rejeitou o brasileiro.
Leia abaixo o que cada representante afirmou
Scott Coker, presidente do Bellator, em entrevista ao Combate.com: A nossa empresa está indo em outra direção. O foco hoje é desenvolver novos talentos, buscar novos atletas, jovens lutadores que possam virar ídolos. Isso é o que temos tentado fazer, usar nossos investimentos nessa nova leva. Anderson Silva fez tudo, construiu um legado absurdo para o esporte, não precisa de mais nada. Pessoalmente, acho que os lutadores têm muita dificuldade em aceitar que a hora chegou.
Ray Sefo, presidente da PFL, em entrevista ao “FightSports.tv”: Ele definitivamente vai entrar para a história como um dos melhores que já fizeram isso. Tenho muito respeito, mas acho que é a hora de parar.
Chatri Sityodtong, CEO do ONE Championship, em entrevista ao “Fightful.com”: Sou um grande fã do Anderson Silva. Sem dúvidas ele é um dos maiores da história. Dito isso, a segurança dos atletas é prioridade máxima para o ONE. Desse modo, não vamos fazer uma proposta pelo seu trabalho. Desejo ao Anderson muita felicidade e sucesso no que ele decidir fazer daqui para frente.
David Feldman, presidente do BKFC, em entrevista ao “BJPenn.com”: No momento, nós não estamos interessados em ver Anderson Silva competindo pelo BKFC. Ele é uma lenda e eu amo vê-lo lutar. Precisamos nos concentrar no desenvolvimento dos lutadores que já são contratados.
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