Repórter da Globo recebe cantadas e vira alvo até de fetiche: ‘Querem ver meu pé’

Repórter da TV Tem, afiliada da Globo no interior de São Paulo, André Modesto chama a atenção do público pelo jeito brincalhão e pelas reportagens criativas que são exibidas no Bom Dia São Paulo. Por conta do sucesso que faz com telespectadores, o jornalista costuma receber mensagens mais ousadas nas redes sociais. “Vão de pedido de namoro a querer ver o meu pé”, entrega o comunicador, que virou alvo de podólatras (pessoas com fetiche por pés).
“É surpreendente o carinho que recebo dos telespectadores. Eu sou imensamente grato a todos que me acompanham e reconhecem meu trabalho. Isso me dá mais incentivo a seguir o meu caminho. Antes conseguia responder uma a uma as mensagens, agora eu não estou dando conta mais. Às vezes tem umas mensagens que fogem mesmo do comum (risos)”, revela Modesto.
Nascido e criado em São José do Rio Preto, o jornalista de 38 anos entrou na TV Tem como estagiário em 2004, passou pela equipe de produção até chegar à reportagem, realizando um sonho de infância. “Sempre admirei o ofício e gosto de televisão desde pequeno”, afirma. “Eu amo o Jornalismo. Me enche de orgulho poder dar voz àqueles que não são ouvidos e cobrar, denunciar o que não está certo”, valoriza.
Mas será que o repórter trocaria o interior para trabalhar em meio à correria da cidade grande? “Essa pergunta tem sido feita para mim com frequência. A vontade que tenho é de continuar fazendo o que amo, com comprometimento e credibilidade necessários, sem perder o bom humor”, desconversa ele.
De tudo um pouco
Nas entradas ao vivo, Modesto já se arriscou e surpreendeu o público de várias maneiras. Ele já desceu ladeira de carrinho de rolimã, penteou macaco e escovou dente de hipopótamo no zoológico, se desequilibrou e caiu num rio, entrou em vaso de planta e até testou colchão simulando uma sonequinha.
“É sempre um desafio. Você quer superar e encontrar novas ideias e possibilidades. Mas a gente esbarra em muita coisa. Viabilidade técnica é uma delas. Dependo de sinal, equipamentos. A gente sempre tenta dar um jeito”, comenta ele.
Apesar do jeito descontraído, o jornalista ressalta a importância de levar a notícia ao telespectador sem forçar demais a barra: “Seja o assunto que for, sempre gosto de deixar bem claro algumas coisas. Toda essa descontração é pautada por uma informação relevante. Ela só é apresentada de uma forma mais divertida. É claro, assim como tudo na vida, é preciso ter bom senso, para evitar exageros”.
O profissional ainda valoriza o trabalho coletivo com os colegas para levar ao ar as reportagens. “A produção na Redação me ajuda bastante. Às vezes eu tenho essas ideias mirabolantes, e eles tentam executar o que imaginei. Outras vezes eles encontram esses assuntos e já falam: ‘Essa é a cara do Modesto'”, entrega ele.
Todas essas loucuras acabam incentivando a equipe. É muito engraçado. Tudo acaba surgindo quando chego no local do link. Tento explorar o máximo do que tem ali para tornar tudo algo mais descontraído. Em alguns assuntos, a gente já deixa produzido alguma coisa quando se tem uma ideia. Mas, na maioria das vezes, vai fluindo antes de entrar no ar.
Mas Modesto também já precisou segurar a emoção ao ser surpreendido por Bocardi ao vivo: “Foi quando meus pais acabaram participando. Eu falava de como transportar um pet de maneira segura durante uma viagem. Estava com um oficial da Polícia Militar falando de legislação numa loja de produtos pet. Mas eu queria algo mais”.
“Foi quando liguei pros meus pais levarem a minha cachorra onde eu estava. O Rodrigo Bocardi quis saber quem tinha trazido o animal, e eles apareceram. Nada tinha sido combinado. Eu fiquei muito emocionado e, ao mesmo tempo, sem graça até. Mas foi um momento maravilhoso que guardo com muito carinho”, relembra.
O comunicador ainda abre o jogo sobre a possibilidade de migrar para um programas de variedades no futuro. “Muita gente me fala que levo jeito para o Entretenimento, eu nunca testei. Quando estava no colégio, pensava num programa de auditório, com convidados, artistas… Quem sabe um dia, né?”, arremata o repórter, que também trabalha como professor universitário do curso de Jornalismo na Unilago, faculdade particular de São José do Rio Preto na qual se formou.
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