Carnaval, pele, praia e sol: dicas para bronzear sem se queimar e fugir de ciladas

  • 20 de fevereiro de 2023

O verão brasileiro tem um apelo diferente porque é a época em que as famílias aproveitam as férias para curtir as praias, os rios e lagos. Um risco comum dessa época do ano e que a médica reforça o alerta são as tatuagens de henna feitas na praia, que podem se tornar um pesadelo porque a tinta usada é a henna preta, que pode conter substâncias que causam reações alérgicas e até queimaduras se segundo grau com a presença de bolhas. Além disso, muitas pessoas aproveitam a oportunidade de renovar o bronzeamento da pele, mas é preciso cuidado com a exposição solar mesmo em dias nublados e chuvosos.

“O cuidado deve ser redobrado, independente do tempo nublado ou chuvoso, porque os raios solares vão chegar na superfície terrestre da mesma forma. Os raios UVA têm intensidade constante durante todo o ano e os raios UVB têm incidência aumentada no verão, então é importante manter os cuidados aplicando e reaplicando o protetor solar do mesmo jeito e escolhendo aqueles que são à prova de água, sempre com fator mínimo 30”, explica a médica dermatologista Julyanna do Valle.

Segundo ela, a recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia para a quantidade de protetor solar adequada é medida em colheres de chá. A divisão ficaria assim: uma colher de chá para o rosto, pescoço, cabeça se for careca, orelha e nuca; uma colher de chá para a parte da frente do tronco e uma para a parte de trás; uma colher de chá para cada braço; duas colheres chá para cada perna, passando na frente e atrás. É importante também o uso de protetores físicos, como bonés, guarda-sol, óculos de sol e roupas com proteção solar.

Para proteger as crianças, é importante estar atento à categoria do protetor solar: baby dos seis meses até dois anos de idade e, a partir de dois anos de idade, deve ser usado o infantil. A camada deve ser generosa e nenhuma parte do corpo deve ser esquecida, aplicando de preferência pelo menos 30 minutos antes da exposição solar e reaplicando a cada duas horas, também optando por aqueles resistentes à água e com fator mínimo 30.

Se engana quem pensa que o bronzeamento não conta com proteção solar. A orientação é a mesma: usar filtro solar com fator mínimo 30 antes de se expor ao sol. A exposição tem que ser o menor período possível, o ideal é de 15 a 20 minutos se for uma exposição direta e sempre nos horários adequados antes das 10 da manhã e após as 16h da tarde.

“Uma coisa muito importante de lembrar é nunca se expor ao sol até ‘pegar a cor desejada’. O ideal é fazer isso de forma fracionada, com pequenas exposições por períodos mais frequentes, de maneira segura e deixando a pele descansar. Depois que a pele é estimulada pelo sol ela vai produzir melanina ainda por um tempo, então essa coloração que a pessoa deseja às vezes veremos depois de algumas horas ou dias, então é importante deixar a pele descansar, hidratar bem e evitar vermelhidão ou queimaduras”, explica a dermatologista.

Segundo a dermatologista, uma opção à exposição solar é o uso de autobronzeadores, que proporcionam a pigmentação gradativa da pele sem riscos da exposição solar. Julyanna orienta ainda que para manter o bronzeamento por mais dias, as dicas são hidratar muito bem a pele e consumir alimentos que sejam muito ricos em betacaroteno porque eles ajudam a manter a pele com a coloração mais alaranjada ou avermelhada e possuem ação antioxidante, evitam radicais livres e o estresse oxidativo da pele causados pela luz ultravioleta.

“Cenoura, abóbora, beterraba, mamão, manga, batata doce e até folhas verdes, como couve e espinafre ajudam a manter a pele saudável e com a coloração por mais tempo. E claro, jamais esquecer da hidratação porque a exposição solar mínima que seja já aumenta o risco de desidratação ou até insolação, então é importante beber bastante líquido”, finaliza a dermatologista Julyanna do Valle.

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