Geração de R$ 1 bilhão do Palmeiras decide quarto título nacional na base

  • 22 de outubro de 2023

“Se não fizer no mínimo 200 milhões de euros nestes canhotos da categoria sub-17, pode mandar embora porque somos incompetentes.” Assim declarou o coordenador da base do Palmeiras, João Paulo Sampaio, em junho de 2022, em referência a um elenco repleto de canhotos na Copa do Brasil Sub-17 do ano passado.

Pouco mais de um ano depois, o Verdão faz os primeiros milhões – com a negociação de Endrick ao Real Madrid -, mas acumula também ganhos desportivos: a “geração de R$ 1 bilhão” decidiu os quatro últimos títulos nacionais do Palmeiras na base.

As conquistas passam pelos pés dos três ícones dessa geração de canhotos: Estêvão, Endrick e Luis Guilherme – que são três do grupo de cinco garotos, que ainda tem o zagueiro Fellipe Jack e o meio-campista Thalys.

O mais recente dos títulos aconteceu neste sábado, quando Estêvão atropelou o São Paulo e marcou os três gols da final do Brasileiro Sub-17 – dando o título ao Palmeiras pelo segundo ano consecutivo.

– Acho que a gente tem mais merecimento pelo grupo que a gente tem. Não é só no 2006, mas em todas as categorias. Cada time é unido, a gente luta um pelo outro e é coroado na final – disse a nova joia do Palmeiras, na beira do campo, após o hat-trick do título.

Antes do camisa 10, houve três títulos no ano passado passando pelos pés desta geração: o Brasileiro Sub-20, o Brasileiro Sub-17 e a Copa do Brasil Sub-17.

Endrick fez o gol do título do Brasileiro Sub-20 na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, e Luis Guilherme fez o da virada contra o Grêmio, por 2 a 1, na final do Brasileiro Sub-17. Na Copa do Brasil Sub-17, por fim, Endrick marcou quatro dos seis gols do Palmeiras na final – em confrontos de ida e volta com o Vasco. Os outros dois foram de Figueiredo e Thalys.

Endrick e Luis Guilherme são realidade no time profissional agora, oscilando entre a titularidade e o banco de reservas com o técnico Abel Ferreira, enquanto Estêvão – aos 16 anos – disputa competições sub-17 e sub-20.

– Claro que planejo altos níveis, mas primeiro quero conquistar títulos, fazer gols, subir para o profissional e se Deus quiser fazer uma história linda por eles – disse Estêvão após o jogo.

Aos 16 anos, Estêvão tem contrato com o Palmeiras até abril de 2026 e trata-se de um dos principais candidatos a joia do Palmeiras desde que Endrick subiu ao profissional.

Não à toa, o atleta tem sido constantemente sondado pelo futebol europeu e chegou a receber ofertas do Paris Saint-Germain, por exemplo – com números que poderiam chegar a 40 milhões de euros.

A proposta, contudo, foi recusada pelo Palmeiras, que desde então vislumbra valorização maior depois da Copinha e ao longo do ano de 2023.

O Verdão tem adotado uma estratégia de dar oportunidade para os talentos pularem etapas nas categorias de base, para apresentar dificuldades além de suas categorias – por isso a antecipação em alguns casos, como o próprio Endrick e Luis Guilherme, por exemplo. E a estratégia tem dado certo.

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