Série de Senna é ofuscada por polêmica de Galisteu e tem estreia discreta na Netflix

  • 4 de dezembro de 2024

Produção mais cara da história da Netflix no Brasil, a minissérie Senna não acelerou muito na audiência. Enquanto no Brasil a atração foi ofuscada pela controvérsia do “apagamento” de Adriane Galisteu, no exterior o público simplesmente não se interessou muito pela história do piloto.

Segundo dados divulgados pela própria plataforma nesta terça (3), Senna foi apenas a sexta série de língua não inglesa mais vista na última semana, entre 25 de novembro e 1º de dezembro. Pesou contra a produção sua estreia ter ocorrido na sexta (29) –ou seja, ela teve apenas três dias no catálogo do streaming para contabilizar público.

Ainda assim, a expectativa era de que fãs do automobilismo corressem para ver a série –o que não ocorreu. De acordo com a Netflix, Senna acumulou 2,6 milhões de visualizações no período. Foi superada com folga pela segunda temporada do drama histórico alemão A Imperatriz (6,7 milhões) e pela sul-coreana Quando o Telefone Toca (6,6 milhões).

Ironicamente, a minissérie sobre Ayrton Senna (1960-1994) perdeu para um anime cujo título se assemelha muito aos acordes do Tema da Vitória que embalava o piloto em suas corridas na Fórmula 1. Dan Da Dan, há oito semanas no Top 10, acumulou 2,8 milhões de visualizações na semana.

Para piorar sua situação, Senna não conseguiu o primeiro lugar nem mesmo no Brasil –onde também ficou atrás do k-drama que tem episódios lançados semanalmente. Vale lembrar, mais uma vez, que Quando o Telefone Toca teve a semana inteira para acumular views, contra três dias da série brasileira.

No resto do mundo, a minissérie não se saiu muito melhor: entrou no Top 10 de apenas 13 países –além do Brasil, a atração entrou para o ranking de Argentina, Chile, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Itália, Malta, Paraguai, Portugal, República Checa e Uruguai.

Para efeito de comparação, Pedaço de Mim, que se tornou um fenômeno mundial, havia alcançado o Top 10 de 21 países em sua estreia. A expectativa agora é para que Senna repita os passos da produção com Juliana Paes e cresça ao passar uma semana completa no catálogo –o melodrama chegou ao ranking de 73 países e territórios entre 8 e 14 de julho, período em que se tornou a produção mais vista de toda a Netflix.

O que Adriane Galisteu falou sobre Senna?

Muito questionada sobre a tentativa de apagá-la da história de Senna, Adriane Galisteu quebrou o silêncio na noite de segunda-feira (2). A apresentadora afirmou que todo projeto que se dispõe a valorizar o piloto e renovar o legado dele para as novas gerações é válido e merece ser elogiado.

“Eu sei o quanto vocês estão curiosos para saber a minha opinião sobre tudo o que tá acontecendo. Olha, todas as homenagens, sejam elas em forma de livro, filme, DVD, série, minissérie, que dizem respeito ao Ayrton, são todas maravilhosas, merecidas e muito, mas muito bem feitas”, elogiou Galisteu.

A apresentadora ressaltou que um ícone como o piloto de Fórmula 1 precisa ser exaltado para que as novas gerações o conheçam. “Nós temos a obrigação de perpetuar a história do Ayrton, para todas as gerações. Eu sou a primeira a ver, a primeira a aplaudir, a primeira a me emocionar, a levantar todas as bandeiras e dizer que a história dele tem que ser contada sempre.”

“E eu sei, como artista também, que todos os artistas envolvidos deram o melhor, foram escolhidos a dedo para fazer o melhor. Foi tudo lindo e muito caprichado, então parabéns. Porque é assim que tem que ser mesmo, a gente tem que falar dessa história, a gente nunca pode deixar essa história passar ou morrer”, valorizou.

Ela apontou que entende por que não aparece tanto na série da Netflix –na produção, Adriane (Julia Foti) tem menos destaque do que as outras duas mulheres de Senna (Gabriel Leone), Lilian de Vasconcellos (Alice Wegmann) e Xuxa Meneghel (Pâmela Tomé). “Vocês sabem também que eu nunca escondi que a história do Ayrton é muito maior do que o meu relacionamento com ele. Meu relacionamento com ele foi o último ano e meio de vida dele”, afirmou.

“Porém, foi ao meu lado, e essa história também me pertence. E também foi uma história vivida intensamente, cheia de amor, cheia de diversão, um Ayrton completamente diferente de tudo aquilo que vocês já viram. Eu vivi essa história, e eu estou falando para vocês não o que ouvi, não o que vi, mas sim o que eu senti, o que eu vivi”, declarou a apresentadora de A Fazenda.

No fim dos Stories, Adriane finalmente falou, discretamente, sobre a relação conflituosa que teve –e ainda tem– com a família do piloto, mesmo sem citar os parentes do piloto diretamente. “Gente, o que está acontecendo agora é a vida como ela é. É a vida como ela sempre foi, pelo menos para mim”, disse.

“A única novidade é que talvez agora eu esteja considerando a possibilidade de contar para vocês esse último ano e meio da minha vida ao lado dele. E eu acho que vocês vão amar, amar. Acho não, eu tenho certeza absoluta que vocês vão amar”, finalizou.

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