Bastidores: Flamengo avaliou outros técnicos, e Bap deu liberdade a Boto para decidir sobre Filipe Luís

  • 19 de dezembro de 2024

– Não vou me meter nas escolhas do diretor técnico.

A declaração de Bap em sua primeira entrevista após a vitória na eleição resume o que o novo presidente quer implementar na gestão do Flamengo. Ele se referia ao trabalho de José Boto, garantindo que o português, escolhido para ser o homem forte do futebol, terá autonomia nas decisões do departamento.

– Conversamos com outros técnicos, esse era o processo. Conversamos com outros diretores técnicos. Foram várias conversas com várias pessoas. Alguns que jamais foram citados. Acho que o processo foi bem conduzido até agora, o Flamengo vai estar em ótimas mãos – afirmou o presidente eleito em entrevista coletiva na última quarta-feira.

– É uma visão diferente quando você tem um profissional cuidando do negócio. Ele é muito experiente. O que mais me encanta nele é que ele sabe o que e como fazer. Muitas vezes você lida com uma pessoa que tem uma visão estratégica, mas não é tão boa do ponto de vista operacional. Eu gosto do Boto porque ele combina as duas coisas. Eu acredito que eu separo a razão e a emoção. Ele acredita em processo, metodologia e planejamento – completou Bap.

Uma das primeiras deliberações do dirigente foi a permanência do técnico Filipe Luís para a temporada 2025. E o ge apurou que Bap deu liberdade para Boto tomar a decisão: a manutenção do treinador ou a escolha de um novo técnico.

O fato de Filipe Luís ter tido vasta experiência como jogador no futebol europeu – foram 14 anos, com passagens por Holanda, Inglaterra e, na maior parte, pela Espanha – agrada a Boto. O novo diretor quer usar a expertise como dirigente no Velho Continente para a reformulação do departamento no Flamengo. Ter o treinador habituado à esta organização é um facilitador.

Os dois têm conversado nas últimas semanas e alinhado pontos sobre o planejamento para a próxima temporada. Boto gosta de desenvolver treinadores e costuma apostar em trabalhos mais longevos. É um cara ativo no dia a dia do time e gosta, por exemplo, de acompanhar os treinos de perto.

– Ele tem muitos contatos no Brasil, é um especialista no mercado brasileiro, e tem também a parte de estruturação, de dinâmica de trabalho e um pouco daquilo que falta a algumas equipes brasileiras e acontece no Palmeiras, que é ter paciência com o trabalho do técnico. Ele entende que o trabalho leva tempo para se sustentar. Vai levar esse respaldo para a comissão técnica. A relação dele com o elenco, comissão e direção é muito saudável e é uma pessoa que blinda a sua equipe – disse, ao ge, Blessing Lumueno, auxiliar técnico do Chaves, de Portugal, e amigo de Boto.

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