A preocupação de Lula com o preço dos alimentos no supermercado

  • 10 de janeiro de 2025

Na quarta, Lula chamou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para uma conversa no Planalto sobre um tema constantemente explorado pela oposição nas redes para desgastar o governo: a inflação de alimentos. O petista queria culpados — e acabou encontrando.

O ministro explicou que os eventos climáticos — seca em algumas regiões e excesso de chuva em outras — registrados no ano passado impactaram, de fato, o preço dos alimentos. Mas o grande vilão no cenário atual foi a escalada do dólar.

Fávaro não falou — e nem precisava –, mas é bom registrar que Lula tem especial responsabilidade pelo câmbio atual, impactado pela desconfiança do mercado sobre a política fiscal do governo. Se o dólar sobe, o preço das commodities vai junto — é jogo jogado.

Dito isso, o ministro apresentou ao presidente um olhar positivo sobre o ano. O país tem pela frente uma supersafra. Com uma oferta maior de produtos, o alívio nos preços será consequência.

Amparado em dados de diferentes setores, o ministro mostrou ao presidente que os preços atuais subiram, mas ainda são menores que os registrados em 2022, último ano de gestão de Jair Bolsonaro no Planalto.

Na reunião com Lula, Fávaro afastou o risco de desabastecimento no país e negou que o avanço das exportações de proteína esteja influenciando no aumento dos preços da carne. “A inflação de alimentos não é um cenário para fazer drama. A gente exporta apenas o que está sobrando”, diz.

De posse desses dados, Lula vai encarregar o novo chefe da Secom, Sidônio Palmeira, de elaborar uma campanha sobre o preço de alimentos. O cenário está longe de ser o ideal para o consumidor, mas o bolsonarismo não tem muito o que falar sobre o tema, na avaliação do governo.

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