Polícia oferece recompensa por fugitivos de presídio de Mossoró
- 24 de fevereiro de 2024
A Polícia Federal anunciou neste sábado, 24, uma recompensa de R$ 15 mil por informações sobre cada um dos dois foragidos da penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró (RN), em fuga ocorrida em 14 de fevereiro.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos. Eles escaparam do presídio passando pelo teto da penitenciária, em uma luminária, após terem encontrado materiais de construção de uma obra em andamento no local. As câmeras de segurança não estavam operando adequadamente no local e várias lâmpadas estavam sem funcionar.
De acordo com a PF, a recompensa será paga por meio de verba federal. Dois números foram divulgados pela polícia para denúncias, sendo o 181 e o (84) 98132-6057, este último também disponível no WhatsApp. Também foi disponibilizado o e-mail [email protected].
Os fugitivos são conhecidos como “Tatu” e “Deisinho” e são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar. Os dois presos são do Acre e estavam na Penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.
Eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos – três deles decapitados. Na última quinta-feira 22, a Polícia Federal prendeu três suspeitos de auxiliar a dupla de fugitivos.
As buscas entraram no 11º dia neste sábado. A força-tarefa começou a atuar na sexta-feira com reforço em Baraúna, na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará.
Durante sua viagem para a Etiópia, o presidente Lula comentou sobre o caso e levantou a possibilidade de relaxamento e conivência por parte dos agentes que trabalham em Mossoró. O petista afirmou que é preciso investigar como os detentos conseguiram cavar um buraco sem serem vistos e ironizou dizendo que eles quase precisaram contratar uma escavadeira.
Após indicar que os agentes penitenciários teriam sido coniventes, Lula acrescentou que não pode acusar ninguém sem provas concretas.