Botafogo sofre, mas “paga a conta” na Libertadores e conquista primeiro objetivo de 2024

  • 14 de março de 2024

Tensão, gol, alívio, gol sofrido no fim, e maus presságios. O Botafogo conseguiu empate em 1 a 1 com o Bragantino e avançou à fase de grupos da Libertadores, na noite da última quarta-feira, em Bragança Paulista. Com o resultado, o primeiro objetivo de 2024 foi atingido. Só que mesmo com a vantagem, não foi fácil. Pelo contrário, o jogo foi marcado por tensão do início ao fim, mas o alvinegro conseguiu o resultado que servia e liquidou o “saldo devedor” das preliminares.

O clube poderia ter evitado a pré-Libertadores, mas sucumbiu em 2023, perdeu o título e a vaga direta na fase de grupos também. O saldo disso foi um calendário recheado no início de temporada, quatro jogos a mais na competição, em duas fases, que foram pagas nesta noite.

A estratégia do Bragantino era clara. Atacar pelo lados, com velocidade, e nas vulnerabilidades do Botafogo para buscar o gol que levaria a decisão para os pênaltis. O time da casa só conseguiria avançar no tempo normal se vencesse por dois gols de diferença.

E assim martelou no ataque, principalmente na velocidade de Helinho pelo lado direito. Sobre Marçal, o atacante tentou a maior parte das jogadas do primeiro tempo, mas o lateral-esquerdo soube sofrer. Também contou com um sistema defensivo mais atento, compacto e entrosado, com Lucas Halter e Barboza afastando as investidas.

O Bragantino teve bola na trave e outras duas chances claras perdidas. Enquanto o Botafogo, pouco conseguiu construir na etapa inicial. Um pouco pelo nervosismo do meio-campo, que não colocava a bola no chão, outra porque contou com seu principal jogador, o artilheiro Júnior Santos, bem marcado por Juninho Capixada – outra boa ideia adotada por Pedro Caxinha.

Enquanto isso, Fábio Matias pedia consciência e calma aos jogadores, que só chegaram com perigo em uma tentativa de chute de Tiquinho para surpreender o goleiro adiantado.

No segundo tempo, a tensão aumentou. Quanto mais perto do objetivo, mais nervoso o time parecia. E para complicar, o lateral-direito Damián Suárez foi expulso aos 22 minutos por falta em Capixaba. Na cobrança, na entrada da área, uma cobrança de falta perigosa foi afastada com a ponta dos dedos por Gatito.

Com um a menos, e com o resultado o resultado que servia, o Botafogo se dividiu em atacar e defender. A defesa se distanciou do ataque e criou-se um vazio no meio de campo. Faltava criação, tranquilidade, mas sobrava, ainda, vontade.

E foi na vitalidade de Hugo, que entrou no lugar de Savarino, que surgiu o gol, oito minutos após a expulsão. Um acalento aos alvinegros, que estavam cada vez mais perto da “linha de chegada”. A jogada teve início com Gatito, que lançou a bola à frente, Tiquinho deu um toque de cabeça, para o lateral, que entrou em velocidade com boa jogada e viu Júnior Santos livre para marcar dentro da área.

Para completar a tensão, o Botafogo cedeu o empate aos 40 minutos. Mesmo ainda com a vantagem da igualdade, a lembrança negativa das viradas e empates recentes eram inevitáveis – aos jogadores e ao torcedor. Mas sabendo sofrer, e no talendo do paraguaio Gatito, que foi o melhor em campo, o Alvinegro reescreveu a crônica que poderia ser de uma “tragédia anunciada”, depois de tanto sofrimento.

Agora, o clube sorri. Sorri para a fase de grupos da Libertadores, que começa dia 3 abril.

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