Cerveja deverá pagar menos imposto em nova reforma tributária

  • 25 de abril de 2024

Na última quarta-feira, o governo brasileiro apresentou ao Congresso Nacional um projeto de reforma tributária que promete intensificar os debates sobre a tributação no setor de bebidas alcoólicas. Este setor, especificamente as cervejarias e os fabricantes de destilados, tem se mantido em alerta perante as mudanças propostas.

Entendendo o “Imposto do Pecado”

Introduzido como parte da reforma, o chamado “Imposto do Pecado” tem como objetivo desencorajar o consumo de produtos que são considerados prejudiciais para a saúde e o meio ambiente, incluindo as bebidas alcoólicas. Este novo modelo tributário tem gerado uma grande controvérsia especialmente entre os produtores de cerveja e destilados.

A Posição das Cervejarias

As cervejarias argumentam que a cerveja, por ter um teor alcoólico geralmente mais baixo comparado a outras bebidas, como os destilados, deveria ser tributada menos severamente. Esta posição é sustentada pelo fato de que a cerveja contém menor quantidade de álcool por volume, o que, segundo as cervejarias, seria menos nocivo em termos de saúde pública.

Divergências e Debate Público

A Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), por outro lado, lançou a campanha “Álcool é Álcool” para enfatizar que independentemente do tipo de bebida, o álcool tem impactos similares na saúde do consumidor. Esta campanha visa equilibrar a tributação entre diferentes tipos de bebidas, argumentando que a quantidade de álcool consumida é o fator crucial para os efeitos na saúde.

Impactos Econômicos da Tributação Diferenciada

Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o setor de cerveja movimenta mais de R$ 200 bilhões por ano, um número que destaca a significativa relevância econômica do setor. O novo modelo de tributação proposto, que calcula o imposto baseado no volume de álcool por litro, pode alterar profundamente a dinâmica de mercado dessas indústrias.

Qual a Justificativa do Governo para Essa Abordagem?

O governo justifica a adoção destas medidas tributárias como uma necessidade de endereçar problemas de saúde pública causados pelo consumo de álcool. Além disso, aponta que a simplificação da administração tributária via incidência do imposto na primeira comercialização pelas fábricas facilitará a gestão e fiscalização do tributo, visto que a estrutura do setor é bastante concentrada.

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