Claudia Rodrigues vende imóveis para pagar cirurgia de R$ 26 milhões: ‘Me curar’
- 19 de dezembro de 2022
Claudia Rodrigues colocou parte de seus imóveis à venda para conseguir pagar uma cirurgia de US$ 5 milhões (R$ 26,5 milhões, na cotação atual). A previsão é que o procedimento, promissor contra a esclerose múltipla, seja feito entre março e abril de 2023 nos Estados Unidos. “Vou me curar”, afirmou ela.
A atriz se mostrou esperançosa com os resultados do procedimento, que ainda é uma novidade na Medicina. “Essa cirurgia vai sarar minhas sequelas. É genial”, declarou a comediante em entrevista para a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
De acordo com Adriane Bonato, companheira da humorista, o pagamento está em negociação. “Claudia já colocou alguns imóveis à venda. Vamos fazer outras coisas para angariar fundos. Ela vai fazer essa cirurgia. Só precisamos adaptar o pagamento”, afirmou ela.
O alto custo do tratamento, que demanda até um mês de recuperação, não assustou a atriz, que está animada diante da melhor oportunidade de voltar a trabalhar. “Ela vai voltar a fazer o que mais gosta, que são os espetáculos dela. Eu também volto a trabalhar. E a gente paga isso”, assegurou Adriane.
O plano principal de Claudia é começar uma turnê dois dias depois de receber alta médica. “Seremos eu e ela no palco falando da esclerose múltipla, do tratamento até aqui e dos resultados que ela teve. A ideia é usá-la como exemplo para contribuir com outras pessoas”, detalhou a namorada da atriz.
Para se preparar, a artista tem feito até aulas de inglês, além de uma rotina intensa de tratamento que inclui fisioterapia, exercícios aquáticos e de equilíbrio, aulas de caligrafia, desenho e pintura, terapia ocupacional e jogos de pôquer para treinar foco, atenção e concentração.
A cirurgia
O procedimento é feito pelo médico brasileiro Marc Abreu, que é também pesquisador da universidade de Yale, nos Estados Unidos. O especialista descobriu que vítimas de doenças degenerativas possuem uma obstrução entre os olhos, acima do nariz.
“Não há refrigeração para o cérebro. As células vão morrendo. Essa cirurgia mapeia o corpo e vê o que falta de vitaminas para poder equilibrar a pessoa”, explicou Adriane.
“Depois da coleta dessas informações, o paciente fica dentro de uma máquina, com um capacete que recebe ondas eletromagnéticas, estímulos neurais. Ao mesmo tempo, é injetado um coquetel com tudo o que a pessoa precisa”, detalhou ela.
O procedimento não é invasivo, não precisa de cortes nem de anestesia, mas demora três dias para ser concluído. Em seguida, o paciente fica mais dois dias em observação e, se tudo ocorrer bem, recebe alta. “Há regeneração do que foi degenerado. A melhora é instantânea”, afirmou a companheira de Claudia.
“A cirurgia promete uma melhora de 80% nas sequelas. Há pessoas que já não andavam mais, elas fizeram essa cirurgia e voltaram a andar”, se animou Adriane. A arquiteta brasileira Lílian Deborba se submeteu ao procedimento após perder o movimento das pernas. Ela recuperou a capacidade motora e não entrou em remissão desde então.
Além da esclerose múltipla, o tratamento também serve para pessoas com as doenças de Parkinson e Alzheimer.