Transição denunciará “inchaço” no Auxílio Brasil a órgãos de controle

  • 1 de dezembro de 2022

O governo de transição disse que há indícios de abuso de poder econômico e político pelo Ministério da Cidadania na gestão Bolsonaro. A denúncia consta no relatório do GT de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que será transformado em nota técnica e encaminhado aos órgãos de controle.

“Tivemos uma campanha eleitoral que enfrentou assédios de igrejas, de empresários e do Estado sobre os eleitores”, disse Aloizio Mercadante, um dos coordenadores da transição, durante a entrevista nesta quinta-feira (1º). “Nas vésperas das eleições, eles incluíram dois milhões e meio de adultos para receber o benefício. Aí termina a eleição e eles propõem que esses beneficiários sejam retirados pelo novo governo. Tirar 1 milhão em janeiro e mais 1 milhão em fevereiro.”

O petista continuou. “O que isso sinaliza é que agora tem gente preocupada com o seu CPF e com o seu RG porque é crime eleitoral benefício indevido ao eleitor. É crime.”

Ele também citou o programa de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil antes da eleição que liberou cerca de R$ 4 bilhões via Caixa Econômica. “Vamos representar no TCU, na CGU, em todas as instâncias esses graves indícios”, completou. A Justiça Eleitoral também será acionada.

Entre 2018 e 2022 o número de pessoas que declarou morar sozinha para receber o benefício saltou de 1,8 milhões para 5,5 milhões.

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