Continuo achando que bandido não sobe a rampa, diz Heleno sobre Lula
- 26 de setembro de 2023
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O general Augusto Heleno, que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro (GSI), disse nesta terça-feira (26) que continua achando que bandido não sobe a rampa em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. O militar foi questionado sobre uma declaração dada no final do ano passado, quando disse não a bolsonaristas que o perguntaram se bandido sobe a rampa, em referência ao presidente Lula.
Eu continuo achando que bandido não sobe a rampa, disse Heleno. Neste momento ele foi aplaudido por parlamentares da oposição na CPMI.
Ainda durante o seu depoimento, Heleno afirmou que jamais tratou de assuntos eleitorais com seus subordinados no GSI. O militar também afirmou que deixou de ser ministro no dia 31 de dezembro e que, portanto, não teria condições de prestar esclarecimentos sobre o 8 de janeiro.
Heleno afirmou ainda que jamais esteve no acampamento golpista no QG do Exército em Brasília porque não achava que era algo que interessasse. Era uma manifestação política e pacífica, disse.
Ele também negou conhecimento sobre a famigerada minuta do golpe e classificou a trama para plantar uma bomba no acesso ao aeroporto de Brasília como episódio isolado. Tratou-se de um incidente isolado, que não contou com a minha participação. Já esclareci que a partir da meia noite do dia 31 de dezembro de 2022, deixei de ser ministro de Estado. Daí em diante, deixei de fazer contato com os servidores do GSI e da presidência da República, comentou.
O general também chamou de fantasia a hipótese de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, ter participado de uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado. Eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião com os comandantes de Força e participar da reunião. Isso é fantasia. É fantasia, disse, contradizendo delação de Cid à Polícia Federal.