Gerson vê “coisas boas” no Flamengo e prega paciência para melhor encaixe do meio-campo

  • 8 de fevereiro de 2024

O Flamengo voltou a vencer no Campeonato Carioca, mas não a convencer. O triunfo por 1 a 0 sobre o Botafogo, na noite de quarta-feira no Maracanã, só foi possível graças a um gol de Léo Pereira aos 49 minutos do segundo tempo. O Rubro-Negro criou muito pouco e novamente teve atuação abaixo da crítica. Como já havia acontecido três dias antes, no empate em 0 a 0 com o Vasco. Mas sabe a história do “copo meio cheio ou meio vazio”? Gerson preferiu o olhar otimista:

– Tem que entender que é clássico, são duas equipes grandes, jogo difícil onde ninguém dá nada de graça. Contra o Vasco a gente tentou, não conseguiu, mas importante frisar mais uma vez que não tomamos gols. Hoje (quarta) também estava difícil, continuamos tentando e fomos premiados com o gol. A gente trabalha para sempre estar evoluindo, é o que vamos continuar fazendo até o final da temporada – declarou o capitão rubro-negro, que apontou para as “coisas boas”:

– Estamos em evolução, não pode só pensar que está sendo difícil fazer gol e tal. Tem que pensar que tem coisas boas também. É continuar fazendo as coisas boas, ficar bastante com a bola, melhorar um pouquinho no terço final, temos consciência disso. (…) Quando se tem muito a bola fica evidente que o erro é mais constante. Somos um time que gosta de ter a bola, não vamos acertar sempre. Às vezes o passe pelo cansaço não consegue executar da melhor maneira. Mas vale frisar a vontade do time de lutar até o final.

A evolução do Flamengo passa muito pelo melhor encaixe do meio de campo. No time ideal de Tite, o setor é formado por Erick Pulgar, Gerson, De la Cruz e Arrascaeta. O técnico usou esse quarteto no primeiro tempo do empate em 1 a 1 com o Orlando City, no amistoso de pré-temporada nos Estados Unidos; na vitória por 2 a 0 sobre o Sampaio Corrêa; no 0 a 0 com o Vasco e no 1 a 0 contra o Botafogo.

Questionado sobre outras formas de usar De la Cruz e mudar o setor na entrevista coletiva, Tite pediu para que a pergunta seja feita daqui a algum tempo por acreditar que o quarteto evoluirá à medida que ganhe mais entrosamento. E Gerson, que novamente usou a braçadeira de capitão da equipe, fez coro ao comandante para pedir paciência:

– Demanda tempo isso. Jogador (De la Cruz) que vem de um futebol diferente, o argentino. Vamos tentando nos entender. Acho que ele jogou alguns minutos com o Arrascaeta mesmo sendo da mesma seleção. Então não é que eles jogavam constantemente. A gente vai tentando se entender ali e se encaixar o mais rápido possível.

Na saída do Maracanã, Gerson também foi questionado sobre uma possível volta à seleção brasileira, uma vez que o técnico Dorival Júnior esteve no estádio para acompanhar o clássico de perto. O jogador evitou o tema, mas não escondeu a vontade de estar na convocação que acontecerá em 1º de março.

– Para chegar na Seleção tenho que fazer bem no Flamengo, pensamento primeiro é no Flamengo. Se possível vier uma convocação a gente fica feliz, mas não adianta pensar na Seleção e não no Flamengo.

Com a vitória, o Flamengo assumiu a vice-liderança da Taça Guanabara com 12 pontos, dois atrás do Fluminense. O Rubro-Negro volta a campo no próximo sábado, quando enfrenta o Volta Redonda às 16h (de Brasília) no Maracanã, em jogo atrasado da terceira rodada.

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