Caso Marielle: deputado federal é citado em delação premiada

  • 20 de março de 2024

O deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) foi citado na delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa como um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em 2018, registrou o Metrópoles.

O parlamentar é irmão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), apontado como o mandante do crime.

A menção a Chiquinho Brazão fez o caso deixar o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rumo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, o deputado afirmou que “causa estranheza que seu nome tenha surgido após muitos meses de tramitação da suposta colaboração”, apontando a “falta de idoneidade” no relato de Ronnie Lessa.

“Causa estranheza que seu nome tenha surgido após muitos meses de tramitação da suposta colaboração, principalmente quando se sabe que o instrumento de investigação deve indicar, desde o início, todos os envolvidos que gozem de foro por prerrogativa de função. A despeito das hipóteses levantadas pela mídia e da falta de idoneidade do relato de um criminoso que fez dos assassinatos sua forma de vida, coloca-se à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, ao passo em que, com serenidade e amparado pela verdade, aguarda o esclarecimento dos fatos.”

STF homologa delação de Ronnie Lessa

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira, 19, que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologou a delação premiada de Ronnie Lessa.

Ele está preso no âmbito das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.

Segundo Lewandowski, após a homologação da delação, a conclusão do caso será “breve”.

“Nós sabemos que esta colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que em breve teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, afirmou o ministro da Justiça.

Conforme a delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, Lessa é apontado como o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista. Lessa foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.

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